Manaus - 7º dia
Esse dia foi muito legal!
Felipe organizou um passeio de barco com várias atividades (barco do seu Antônio - barqueiro local cadastrado). Saímos de manhã do porto de CEASA e partimos de barco para um local onde pudemos ter a experiência de estar próximos dos
botos cor-de-rosa.
Era uma casa que tinha uma plataforma submersa onde podíamos ficar em pé, dando peixes para os botos que chegavam. São animais muito dóceis, que podem vir espontaneamente até nós, mesmo quando nadamos mais afastados da plataforma. Quando o boto abre a boca, parece que os dentes dele são uns preguinhos, a Rose achou eles umas "fofuras, muito simpáticos".
Fomos então conhecer o ritual de uma
tribo indígena, os
Dessanas, que tem uma reserva próxima a Manaus. Um lugar muito bonito, com uma bela praia logo de entrada, paisagem com coqueiros, areia e o grandioso rio amazonas.
 |
Tribo Dessana |
A tribo apresentou algumas danças em uma grande maloca e contou um pouco sobre sua cultura. Era um ritual de boas vindas, que havia sido resumido, pois o ritual das danças na íntegra dura 24 horas.
Perguntamos ao cacique qual o segredo para ficarem as 24 horas dançando e cantando nos rituais e ele nos respondeu que a energia provém dos chás e da natureza.
Foi muito enriquecedora a experiência, não só de apreciar as danças, mas também de conhecer essa cultura tão diferente e energizante, de ouvir sua música, sua língua nativa, ver seu biotipo, suas pinturas corporais, suas expressões...
No final do ritual, os turistas foram tirados para dançar junto com a tribo. Aprendemos que nessas tribos são as mulheres que escolhem os homens para dançar. :)
Após a dança, tivemos a oportunidade de apreciar o artesanato que é produzido pelos nativos. Compramos uma
máscara chamada de
carranca que os índios utilizam na porta de entrada da
maloca para espantar os espíritos do mal. As máscaras feitas por essa tribo eram com madeira de "coração de índio", o cocar de
escamas de pirarucu, os adornos de sementes de
açaí, os
dentes de piranha, a barba e cabelos feitos de
juta (mesmo material utilizado para a saia das índias).
 |
Entrada para a aldeia indígena |
Saímos da tribo, andamos um pouco mais de barco até chegarmos para almoçar (comida regional) em um
restaurante flutuante. Após o almoço, fizemos uma caminhada em uma passarela que adentrava a floresta até chegar em um lago com imensas
vitórias-régias!

Um lugar lindo , lindo, lindo...sob as vitórias-régias e também próximo delas pudemos avistar jacarés bem de boa no solzinho, um cenário muito tranquilo e que encanta os olhos!Imagens memoráveis e que realmente valem muito a pena!A nossa vontade foi de ficarmos uma tarde por lá só para tomar um mate e ficar apreciando aquele cenário, mas como o tempo de férias é curto, seguimos adiante para curtir outros bons momentos.
Nessa mesma trilha, visualizamos uma
samaúma, uma árvore muito grande e com uma raiz imponente. No caminho de retorno para o barco, passamos por um espaço de artesanato, mas não compramos nada, pois já havíamos prestigiado o artesanato da tribo indígena.
À tarde, o próximo ponto de visitação foi a uma casa de ribeirinhos bem no meio do rio (casa em palafitas), que capturavam temporariamente alguns animais para que os turistas pudessem ter contato. Foi aí que tivemos a chance de
pegar um jacaré, uma sucuri e um bicho-preguiça.
O jacaré e a sucuri, eu (Rose) fiquei com um pouco de medo de pegá-los, mas acabei deixando o medo de lado para sentir a textura dos animais :) O Mauro, não preciso nem comentar, para quem já nadou à noite no Rio Tupana ao lado dos jacarés, o que seria pegá-los junto de pessoas com experiência!?!Tranquilidade do Mauro à parte, tenho a dizer que eu me apaixonei pelo bicho-preguiça, que é uma fofura, me identifiquei com aquela preguicinha toda.

Feliz por demais com a experiência de abraçar o bicho-preguiça, dessa vez eu parti com a sensação de querer levar o bichinho junto, mas pela liberdade da vida na selva, partimos felizes com a experiência desse momento na memória.
Para finalizar esse super dia, realizamos a pesca de Pirarucu, que na verdade é apenas uma brincadeira, pois os peixes ficam em um viveiro no próprio rio e, por serem muito grandes e pesados, a vara e a linha servem apenas para podermos sentir o peso e a fisgada do peixe. A ideia é que o turista possa ter a sensação e ouvir o estouro da fisgada e da mandíbula do peixe se fechando. Para a pesca convencional, há necessidade de redes e materiais super resistentes.
 |
Pesca de Pirarucu |
Ao final do dia, retornamos para o porto e finalizamos o passeio. À noite fomos para a casa do amigo Felipe e fizemos uma janta por lá.